Luca Marini regressou aos pódios com o terceiro lugar no GP do Qatar de MotoGP. Foi incapaz de lutar pelo triunfo com Fabio di Giannantonio (Gresini/Ducati) e Francesco Bagnaia (Ducati), mas acredita que o seu ritmo era suficiente e foi vítima das circunstâncias de corrida.

O piloto da Mooney VR46 Racing Team afirmou em conferência de imprensa que Bagnaia ter assumido a liderança no início deitou os seus planos por terra: ‘Estou mesmo satisfeito com o fim de semana, fizemos um trabalho muito sólido. A sensação com a moto foi boa. Sabia que provavelmente não era o mais veloz porque o Fabio mostrou-nos um ritmo muito bom desde sexta-feira. É só uma pena porque o Pecco fez uma partida fantástica e o meu plano era partir bem e ser primeiro no fim da primeira curva e tentar abrir uma distância para eles porque eu sabia que com o [pneu] macio tinha algo mais talvez nas curvas à esquerda nas duas primeiras voltas. Mas, então, quando vi o Pecco na frente, eu disse: «Bem. Vamos gerir um pouco os pneus»’.

De seguida, Marini afirmou que acabou por perder tempo atrás de outros rivais, o que lhe custou a possibilidade de vencer: ‘O Fabio e o Álex [Márquez] atrás de mim estavam a atacar muito, ultrapassaram-me e depois perdi muito tempo com o Álex e com o Brad [Binder], pelo que as oportunidades de ganhar foram-se. Mas só tentei gerir os pneus da melhor forma porque com o macio dianteiro quando alcanças uma temperatura demasiado alta é muito difícil pilotar. Para a minha posição de partida a escolha foi montar o macio. Podia também ter competido com o duro, mas o plano era outro. Mas estou muito satisfeito com o meu desempenho, a minha gestão de pneus foi boa e penso que tive ritmo para lutar com eles pela vitória. Mas perdi demasiado tempo durante a corrida’.

O conteúdo ‘Tive ritmo para lutar pela vitória, mas perdi demasiado tempo’ – Luca Marini aparece primeiro em Motorcycle Sports.

Francesco Bagnaia ficou muito perto do título de MotoGP com o segundo lugar do GP do Qatar. No entanto, nem tudo o deixou satisfeito na corrida de ontem em Losail, que perdeu face a Fabio di Giannantonio (Gresini/Ducati).

O italiano disse em conferência de imprensa que ficou agradado com o seu desempenho geral, liderando grande parte da corrida: ‘Estou contente, mas não 100 por cento contente. Fiz o que esperava de mim mesmo na corrida Sprint. No sábado estava à espera deste ritmo, mas não tive a possibilidade de o fazer. Na corrida principal tudo foi perfeito e tentei atacar desde o começo, tentei fazer a minha corrida ideal e foi bom voltar a liderar, a atacar, a fazer o meu ritmo. Há muito tempo que não o fazia. Portanto, estou muito contente com isso, estou contente pelo ritmo que mostrámos’.

Porém, Bagnaia ficou insatisfeito com o erro que cometeu quando tentava recuperar a liderança face a Di Giannantonio e saiu de pista: ‘Não estou contente porque já cometi o mesmo erro no passado – em 2021 fiz o mesmo com o Johann Zarco. Portanto, não estou contente com isso, porque normalmente aprendo com os meus erros. Mas, em qualquer caso, não estava à espera esta sucção do cone de ar dele. Temos de estar contentes, o Di Gia foi fantástico todo o fim de semana e na corrida o ritmo dele foi melhor do que o meu’.

O conteúdo ‘Não estou contente, já cometi o mesmo erro no passado’ – Francesco Bagnaia aparece primeiro em Motorcycle Sports.

Fabio di Giannantonio impôs-se no GP do Qatar de MotoGP, conseguindo a sua primeira vitória na categoria rainha quando os seus dias no pelotão podem estar contados. O piloto da Gresini não se deixou intimidar pelo duelo direto com o campeão e líder do campeonato, Francesco Bagnaia (Ducati), superando o rival sem se mostrar pressionado.

O #49 revelou em conferência de imprensa que, na última semana, existiram desenvolvimentos negativos sobre o seu futuro que o deixaram particularmente determinado em vencer a ronda de Losail:

– Quero ser honesto: digamos que depois da Malásia algo aconteceu sobre o meu futuro e não foi coisa boa. Por isso cheguei a casa com muita raiva, mas de forma positiva. Disse duas ou três vezes aos meus amigos e família mais próximos: «No Qatar vou ganhar». E todas as pessoas diziam: «Não digas isso Fabio, por favor, porque se disseres isso a energia vai-se embora». E eu disse: «Eu digo-vos agora, vou ganhar». Mas claro que quando chegas aqui tens de fazer tudo bem e tens de fazer isso acontecer. Claro que não foi fácil, mas conseguimos.

O conteúdo ‘Depois da Malásia aconteceu algo que não foi bom sobre o meu futuro’ – Fabio di Giannantonio aparece primeiro em Motorcycle Sports.

Pol Espargaró acabou o GP do Qatar de MotoGP num modesto 18.º lugar. O veterano da GasGas Tech3 não teve argumentos para lutar por um resultado melhor em Losail, naquela que foi a sua penúltima ronda antes de se retirar do pelotão.

O espanhol disse à imprensa que teve bastantes dificuldades ao longo da corrida e a sua prestação não foi das melhores, olhando agora para o GP de Valência:

– Normalmente tenho dificuldades com esta moto, com a dianteira. Tenho dificuldades para fazer a moto virar e foi uma corrida muito difícil. De certeza que o meu desempenho não foi bom de qualquer modo, junto com os problemas que tive na moto. Tive muitas dificuldades durante toda a corrida. Nada a dizer, vamos para Valência e divertir-nos na última do ano.

O conteúdo ‘Tenho dificuldades para fazer a moto virar e o meu desempenho não foi bom’ – Pol Espargaró aparece primeiro em Motorcycle Sports.

Fabio Quartararo concluiu o GP do Qatar de MotoGP na sétima posição, continuando assim a sequência de resultados no top dez. No entanto, não ficou particularmente agradado com o seu desempenho na corrida de ontem em Losail.

O piloto da Monster Energy Yamaha disse que fez o melhor possível, quando se sentiu mais rápido do que no dia anterior, mas tendo mais dificuldade em expressar essa competitividade:

– Foi uma boa corrida, um ótimo arranque – não foi como sábado. Mas mesmo se me senti mais veloz do que sábado, no sábado foi mais fácil fazer o tempo de volta. Mas foi o nosso ritmo, foi a melhor corrida que podíamos fazer. Depois, nas últimas voltas, ultrapassar o Álex [Márquez] foi mesmo muito difícil. Eu era mais veloz, mas não consegui. Penso que podemos estar contentes com a nossa corrida.

O conteúdo ‘Senti-me mais veloz do que no sábado, mas…’ – Fabio Quartararo aparece primeiro em Motorcycle Sports.

Um dos pilotos que rodou atrás de Jorge Martín e o superou na corrida do GP do Qatar de MotoGP foi Fabio Quartararo. O campeão de 2021 esteve algum tempo atrás do homem da Prima Pramac quando este evidenciou grandes dificuldades antes de o ultrapassar.

O francês disse à imprensa que não sabe dos motivos que levaram a este desempenho por parte de Martín, mas considera que é indubitável que houve algum tipo de problema:

– Ele estava com dificuldades. Ele não estava a pilotar como ontem. Não sei qual foi o problema, mas claro que ele não foi o mesmo Jorge de ontem. É certo que ele teve um grande problema, porque não fazes este tipo de corrida menos de 24 horas depois. Portanto, de certeza que ele teve um problema. Quando o ultrapassei quis ter a certeza, porque não queria fazer uma confusão, mas ele estava com mais dificuldades do que ontem. A forma de ele pilotar, eu fui mais veloz. Ontem não fui mais veloz do que ele e hoje senti-me pior do que ontem. Por isso, creio que a diferença foi grande. Mas não creio que seja eu que vou dar a resposta certa.

O conteúdo ‘Não foi o mesmo Joge Martín de ontem, ele teve um grande problema’ – Fabio Quartararo aparece primeiro em Motorcycle Sports.

Quase no fim da sua segunda época no MotoGP, e sem contrato assinado para 2024, Fabio di Giannantonio alcançou finalmente a sua primeira vitória na classe rainha. O piloto bateu o campeão em título Francesco Bagnaia na corrida do GP do Qatar, num duelo que durou até às últimas voltas.

O italiano da Gresini falou da sua prestação à transmissão oficial, assim como do significado deste resultado que procurava há algum tempo:

– O que dizer? Foi um fim de semana incrível. A corrida foi simplesmente inacreditável. Tive algum ritmo. Quando estava atrás do Pecco, sabia que ele podia ter algo mais. E a meio, honestamente, eu estava com algumas dificuldades com a dianteira. Mas depois vi que ele também estava a cometer pequenos erros, por isso pensei: «Talvez exista a minha oportunidade». E conseguimos. Estou sem palavras. Esta é uma verdadeira redenção, digamos, uma verdadeira vingança – primeiro para mim e depois também para todos os que duvidaram de mim. Conseguimos, pessoal, agora conseguimos! Somos vencedores no MotoGP!

O conteúdo ‘Esta é uma redenção, uma vingança’ – Fabio di Giannantonio aparece primeiro em Motorcycle Sports.

Luca Marini alcançou este domingo o pódio do GP do Qatar de MotoGP. Depois de arrancar da pole position, o homem da Mooney VR46 Racing Team nem sempre esteve no top três, mas conseguiu recuperar até chegar ao terceiro lugar final.

O italiano disse na entrevista rápida à transmissão oficial que era precisava deste tipo de resultado e de desempenho, mas considera que poderia ter lutado pelo triunfo. Agora, aponta à última ronda do ano:

– Fantástico. Foi um fim de semana incrível, precisava mesmo disto. É só uma pena porque perdi muito tempo com o Álex [Márquez] e o Brad [Binder], porque julgo que tinha o ritmo para ficar com o Fabio [di Giannantonio] e o Pecco [Bagnaia] e talvez tentar lutar pela vitória no fim da corrida. Mas, de qualquer modo, foi um ótimo pódio, um ótimo fim de semana, por isso obrigado à minha equipa. Trabalhámos muito bem. Só temos outro fim de semana, portanto vamos desfrutar e tentar fazer o nosso melhor também em Valência.

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Ao fim de quase duas épocas, Fabio di Giannantonio alcançou este domingo o seu primeiro triunfo no MotoGP. Numa corrida sólida no GP do Qatar, não teve qualquer receio nem vacilou a enfrentar o líder do campeonato, Francesco Bagnaia, alcançando um triunfo merecido… quando ainda não tem contrato com nenhuma equipa para 2024.

Forte arranque de Bagnaia (Ducati), que ultrapassou Luca Marini (Mooney VR46 Racing Team/Ducati) para subir logo à liderança. di Giannantonio (Gresini/Ducati) posicionou-se em terceiro na frente do colega Álex Márquez. O vencedor de ontem, Jorge Martín (Prima Pramac/Ducati) teve uma má partida, baixando a oitavo.

Troca de posições entre di Giannantonio e Márquez na segunda volta, com o espanhol a passar para o pódio. No entanto, a situação durou pouco, uma vez que o italiano respondeu e, ao fim de cinco voltas, era já o segundo classificado. Marini perdeu ímpeto e baixou a quinto, também atrás de Brad Binder (Red Bull KTM).

Na liderança, Bagnaia estava a fazer uma prestação dominadora, mas a sua vantagem foi sendo anulada por di Giannantonio até chegar a cerca de dois décimos de segundo. Enquanto isso, Binder também não estava longe. A aproximação de di Giannantonio foi mais expressiva na última dezena de voltas.

O homem da Gresini estava determinado a alcançar o seu primeiro triunfo… e consumou mesmo a ultrapassagem a quatro voltas do fim. Bagnaia cometeu depois um erro crasso, mas não perdeu o segundo lugar graças à vantagem que tinha face a Marini. Este tinha, entretanto, regressado aos lugares de pódio. Binder foi ultrapassado também por Maverick Viñales (Aprilia).

Depois de chegar ao comando, di Giannantonio nunca mais o perdeu, consumando assim a sua primeira vitória no MotoGP. Bagnaia susteve o segundo lugar, com Marini a fechar o pódio em terceiro. Viñales e Binder completaram o top cinco. Martín teve uma corrida para esquecer e não foi além do décimo lugar, num forte revés nas suas aspirações ao título.

Resultados:

O conteúdo Magistral: Fabio di Giannantonio bate campeão Bagnaia e mostra que merece lugar em 2024 aparece primeiro em Motorcycle Sports.

Este GP de Qatar mostrou um pouco do que é o MotoGP e o que pode acontecer na luta pelo título, com Francesco Bagnaia a levar a melhor sorte Jorge Martín. O italiano liderou durante grande parte da corrida mas acabou em segundo batido do Fabio Di Giannantonio, enquanto Jorge Martín teve uma corrida absolutamente desastrosa, ao terminar em décimo.

Sete pontos separam Pecco Bagnaia e Jorge Martín na tabela classificativa e com três rondas para o final da campeonato todos os cenários estão em aberto, sobretudo depois do #89 ter cortado em metade a diferença que o separava da liderança, ao vencer a Sprint, enquanto o #1 foi quinto.

E o suspense está ao rubro para a corrida deste domingo, sobretudo depois de Martín ter forçado a ultrapassagem a Bagnaia, com o italiano a mostrar-se desagradado pela forma como esta aconteceu. Aliás, o piloto da Ducati Lenovo já «avisou» que está pronto para a luta com o adversário com vista ao que aconteceu: É muito bom que ele tenha vindo até mim para começar, agora sei que isso pode ser feito e gosto desta situação. Acho que é ótimo que tenha sido ele a fazê-lo, por isso está a abrir uma situação que pode ser interessante para amanhã’.

Antes ainda do arranque da corrida deste domingo, uma nota para as estatísticas: Bagnaia venceu mais duas corridas ao domingo, enquanto Martín por sua vez tem o dobro das vitórias nas corridas Sprint.

E não faltam ingredientes para apimentar esta batalha em Losail, com Bagnaia a arrancar do quarto lugar da grelha, com Martín a estar ao lado do italiano em quinto.

E eis que tudo estava a postos para o arranque da corrida, com mais de 55 mil espectadores no local para assistir à batalha ao vivo:

O arranque da corrida dificilmente poderia correr com para Bagnaia que desde logo assumiu a liderança na corrida, contrariamente a Martín que era oitavo e, no final da primeira volta já era 1.471s a separar Martín da dianteira da corrida.

Com duas voltas concluídas Martín estava mais próxima da marca de 2s de desvantagem para o líder que, por sua vez liderava a corrida e fazia inclusivamente a volta mais rápida com 1:53.468s.

Johann Zarco, colega de Martín saiu largo e isso permitiu ao espanhol ascender à sétima posição mas a sua desvantagem era, com três voltas concluídas, de 2.363s para o topo da corrida. Marc Márquez era sexto e tinha 0.443s de diferença para Martín.

Márquez foi a próxima «vítima» de Martín que assim ascendeu ao sexto lugar. Brad Binder prometia ser um desafio mais difícil, a 1.4s. Não tardou para que Luca Marini fosse ainda assim o adversário que se seguia, já que Binder aproveitou para ascender ao quarto lugar, relegando assim Marini para ser perseguido por Martín.

Cinco voltas concluídas e Bagnaia liderava a corrida com 0.644s sobre Fabio Di Giannatonio e 3.062s sobre Martín.

Márquez em sétimo estava a dar luta a Martín e 0.315s separava o ex-campeão do mundo do piloto da Pramac que, aos poucos estava cada vez mais distante do líder: 3.303s separavam Martín do Bagnaia que tinha cerca de quarto décimos de segundo de vantagem para DiGia.

Ao início da nona volta Bagnaia tinha DiGia a 0.191s mas o campeão do mundo mostrava fibra e não permitia ao #49 aproximar-se muito, enquanto Martín tinha um novo perseguidor: Maverick Viñales, que apontava ao #89. 0.149s separavam o piloto da Aprilia do sexto lugar.

Viñales ameçava a qualquer momento ultrapassar Martín que estava agora a 5.100s da liderança.

No primeiro setor da 11.ª volta DiGia via a liderança a 0.079s mas Bagnaia mantinha-se sólido e, logo depois, num ápice Martín cedeu duas posições e caiu para oitavo. Corrida desastrosa para o espanhol que tinha agora Fabio Quartararo no seu encalço a 0.186s.,

Martín era nesta fase o piloto mais lento em pista, o único a pilotar dentro do segundo 55 mas, ainda assim Martín conseguiu bater Márquez, mas foi batido logo depois por Quartararo e estava assim na mesma em oitavo. Jack Miller estava em nono a 0.104s e… não tardou para perder uma posição, ao cair para nono, com Zarco a poder servir de «guarda» para o seu colega de equipa.

Por sua vez, Bagnaia estava em grande e a segurar Di Giannantonio, com o piloto da Gresini a estar a 0.234s.

A nove voltas do final da corrida assim estavam os dois adversários:

Bagnaia mantinha-se na frente com a sua diferença para DiGia a variar entre 1 e 2 décimos. Martín tinha Miller a 1.4s e via o sonho do mundial muito muito longe: se a corrida terminasse agora, eram 25 pontos a separar Bagnaia de Martín!

DiGia estava a tentar o máximo mas Bagnaia estava noutro nível e não dava hipótese ao adversário, numa fase em que os problemas para Martín prometiam piorar: Enea Bastianini bateu Zarco e logo depois não perdeu tempo para bater igualmente Martín, que estava assim em décimo a cinco voltas para o final.

Na volta seguinte DiGia confirmava a ultrapassagem a Bagnaia e defendeu logo depois com sucesso o ataque do adversário da Ducati de fábrica. No espaço de dois setores o #49 colocou a diferença para a casa dos 2.5s, com o #1 a sair largo na área de escapatória e, não fosse a larga vantagem para Marini, o cenário poderia ser bastante pior.

A diferença na tabela classificativa era agora de 21 pontos, virtualmente, já que Martín se mantinha na décima posição.

Até ao final não houve mais alterações de relevo e Martín acabava uma corrida desastrosa em 10.º, com Fabio Di Giannantonio a manter as aspirações do título vivas, apesar do fosso enorme que agora separa os dois primeiros.

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