Semanas depois do anúncio do calendário desportivo, o MotoGP revelou as datas dos testes durante a temporada de 2024 da categoria rainha. Haverá três dias ao longo do ano, mais um do que este ano, na sequência de um acordo entre as equipas de fábrica, pilotos e fornecedora oficial de pneus (Michelin).

Todos os testes são na sequência dos Grandes Prémios nos respetivos circuitos. A 29 de abril será o Circuito de Jerez Ángel Nieto a acolher os testes oficiais, enquanto a 3 de junho será Mugello e a 9 de setembro será Misano.

Estes três dias durante a época juntam-se ao teste de Valência em novembro deste ano, ao shakedown e ao teste oficial de Sepang, assim como ao teste oficial do Qatar.

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A Honda testou o novo protótipo para a época de 2024 de MotoGP no teste da semana passada em Misano. Este foi do agrado de Joan Mir e Stefan Bradl, enquanto Takaaki Nakagami preferiu a moto atual – assim como foi o caso de Marc Márquez (Repsol Honda).

O hexacampeão confirmou que houve uma divisão de preferências no teste, mas frisou que de qualquer modo a nova moto está longe de ter as melhorias necessárias: ‘No teste estivemos 2-2: eu e o Taka preferimos um pouco a outra, e o Stefan e o Mir preferem a nova. É verdade que no fim se preferires a nova mas acabares no topo da tabela, então consigo entender. Mas neste momento não é o caso. O que digo é que não é suficiente para lutar pelas posições da frente no próximo ano. Pode ser um pouco melhor, mas não estamos à procura de um décimo; estamos à procura de seis, sete décimos por volta. Portanto, é aí que precisamos de mudar e para mim não importa pilotar uma moto um décimo mais rápida ou mais lenta – precisamos de muito mais. Esta é a minha opinião e só continuo a trabalhar para melhorar isso e para continuar a esforçar-me’.

Márquez observou ainda que a pilotagem e as condições de pista são diferentes no teste: ‘Outro aspeto é que não tens o mesmo estilo de pilotagem no teste, especialmente da parte da tarde quando há muita borracha [no asfalto] e podes usar muita inclinação comparando com o fim de semana de competição’.

O conteúdo ‘A nova moto não é suficiente para lutar no topo em 2024; não estamos à procura de 0,1s’ – Marc Márquez aparece primeiro em Motorcycle Sports.

No teste de Misano após o GP de San Marino de MotoGP, as equipas começaram a trabalhar com vista à próxima época. Na Ducati, Johann Zarco (Prima Pramac) esteve envolvido nos trabalhos com novo material, apesar de já ter sido confirmado na LCR Honda para 2024.

O francês foi questionado sobre se viu o que a Honda esteve a trabalhar em Misano. Na resposta, Zarco negou, mostrando-se agradado por continuar a ser uma mais-valia para a Ducati:

– Estou à espera por terça-feira em Valência, isso chega. Estive contente no teste de segunda-feira por testar coisas nas motos Ducati. Foi mesmo uma boa mentalidade desportiva do Gigi [Dall’Igna] para continuar a trabalhar nisto – mesmo se outros pilotos estão lesionados e não estão a pilotar. Mas fiquei mesmo satisfeito por estar envolvido e estou mesmo satisfeito por o que eu posso comentar ser sempre importante para eles.

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Nono na primeira sessão de teses em Misano e 15.º na segunda, Augusto Fernández teve como foco no seu trabalho a base da moto e encontrar coisas que o ajudem no imediato já que… nada de novo, não houve.

‘Trabalhámos na minha moto de base, não tinha nada para testar. Mas precisava deste dia calmo para experimentar coisas sem ter de me preocupar em fazer um bom tempo. Para experimentar coisas que podiam correr mal, para perceber também o caminho’, fez saber o espanhol da GASGAS Factory Racing Tech3.

O único rookie da categoria em 2023 depois falou sobre os pontos positivos do teste: ‘Acho que encontrámos alguma coisa. Não o vou dizer muito alto, porque aqui o circuito muda e o filme de tudo muda. Mas senti-me bem na travagem, que é o ponto que me faltava. Demos um grande passo em frente em relação a ontem na corrida e também fui muito consistente em termos de ritmo. Por isso, não há nada a fazer, levamos esta base para continuar agora na Índia e espero que este passo que demos possa ser útil’.

O conteúdo Augusto Fernández à semelhança dos pilotos de KTM nos testes: ‘Trabalhámos na minha moto de base, não tinha nada para testar’ aparece primeiro em Motorcycle Sports.

Fabio Quartararo e Franco Morbidelli não ficaram muito entusiasmados depois dos testes de MotoGP em Misano, com o francês a testar o novo motor da M1, do qual esperava mais. Massimo Meregalli, diretor da equipa, analisou o trabalho durante esta segunda feira e deixou um alerta.

‘Tivemos menos um dia para testar aqui em comparação com o ano passado, por isso tivemos um programa completo. Experimentámos novos itens. Os mais importantes a avaliar foram o primeiro protótipo do motor 2024 e um pacote aerodinâmico’, começou por dizer Meregalli em comunicado oficial.

Sem revelar contudo o feedback dos pilotos, o responsável explicou em que áreas ambos os pilotos trabalharam: ‘Claro que as esperanças dos nossos pilotos, especialmente do Fabio, eram muito elevadas. Ele experimentou o novo motor e o pacote aerodinâmico e recolheu muitos dados que serão utilizados para o desenvolvimento futuro. Franky concentrou-se na aerodinâmica e num novo chassis’.

Resta agora aos engenheiros da equipa trabalhar com base nos comentários recebidos: ‘Os engenheiros no Japão e em Itália vão analisar minuciosamente as especificações. Uma pequena alteração nas especificações pode afetar muito o comportamento da moto, por isso queremos prestar muita atenção a esta tarefa e tentar dar grandes passos para o Teste de Valência’.

E concluiu: ‘A Michelin também nos pediu para ajudar a testar os novos pneus hoje, e nós gostamos de os ajudar no desenvolvimento. Apesar de não termos conseguido completar todos os pontos da nossa longa lista, estamos a sair do Teste de Misano com uma boa quantidade de informação, que será o primeiro passo para 2024’.

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Depois de 39 voltas efetuadas no teste de MotoGP em Misano durante o dia de ontem, Pol Espargaró terminou o dia com o 17.º tempo e teve como principal objetivo ganhar confiança, num processo demorado e longo depois de muitos meses de fora.

O espanhol de 32 anos, que só rodou durante a sessão da manhã onde foi 12.º, falou assim sobre o seu foco durante a sessão: ‘Tentámos voltar à base, pilotar ser sem muitas adições ou alterações, para que pudesse voltar a um ritmo adequado sem a pressão de ter de fazer uma volta rápida para ir para a Q2 ou outra coisa qualquer’.

No seu regresso à competição no passado mês de Agosto, Espargaró continua à procura do seu melhor nível, tanto psicológico como físico: ‘Desde o meu regresso, fizemos alguns ajustes para me ajudar a ter um melhor desempenho porque não me estava a sentir a 100% fisicamente, por isso hoje retirámos tudo isso para que eu pudesse voltar à moto com que tinha começado a trabalhar antes da minha lesão. Senti-me mesmo bem, andei, forcei, tentei testar os limites da mota’.

Como tal, no seu trabalho acabou por não despender tempo para testar nada novo, mas sim num recomeço à «base»: ‘Não testei nenhuma peça nova hoje, concentrámo-nos em voltar às minhas origens e estamos a chegar lá, por isso estou satisfeito com o trabalho que fizemos durante a manhã’.

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Ainda nem o dia de ontem tinha terminado e já a dupla da Repsol Honda tinha falado sobre os testes, com Joan Mir a referir que está aberto a todas as soluções no que toca ao corrente ano, respetivamente à escolha do chassis a utilizar.

O piloto, que se estreia este ano com a fabricante japonesa depois de quatro anos ao serviço da Suzuki – que abandonou o MotoGP no final de 2022 – falou sobre o chassis que testou e não excluiu a hipótese de o utilizar já em 2023, naquela que considera ser uma época de adaptação a uma nova realidade: ‘Isto é algo que ainda não sei, porque não sei no final do dia qual será a minha decisão. Mas se tudo correr como planeámos e tudo mais, porque não? Já disse que esta época é mais uma época de testes do que outra coisa qualquer, por isso, porque não?’.

Já no final do dia o espanhol garantiu que trabalhou em aspetos que o poderão ajudar no imediato: ‘Hoje também trabalhámos em algumas coisas para o futuro imediato’.

O espanhol foi, recorde-se foi 18.º na sessão da manhã e 16.º na da tarde.

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Luca Marini fechou os testes do MotoGP em Misano no topo da tabela, tanto na primeira como na segunda sessão, mas referiu que um teste é sempre diferente de um fim de semana de corrida pelo o que não se deixa iludir. Além dos tempos, melhorou os seus registos e encontrou novas soluções que hipoteticamente poderão ser úteis já na próxima ronda.

Na análise ao seu dia, o piloto da Mooney VR46 Racing Team disse: ‘Um teste de segunda feira é uma situação completamente diferente de um fim de semana de corrida. Podemos testar mudanças, podemos andar o quanto quisermos sem pressão, podemos forçar e, no entanto, parece não haver limites, quase não se pode cair nestas condições’.

Com base nos dados, os engenheiros sugeriram uma alteração nas configurações, que o piloto testou… e parece ter gostado: ‘Experimentei isso e resultou. Agora temos de descobrir se isso me vai tornar mais rápido em pistas que não oferecem uma aderência tão boa como aqui em Misano’.

Ainda assim, Marini continuou a ser mais lento do que… Jorge Martín – autor da pole position, vencedor da corrida Sprint e da corrida de domingo: ‘O problema tornou-se mais pequeno. Mas no setor dois ainda perco dois décimos para o Jorge Martín. É inacreditável como ele consegue acelerar à saída da curva seis. Encontrámos algo ligeiramente melhor, mas não o suficiente para conseguir acompanhá-lo nesta altura’.

Depois, Marini admitiu que as sensações que teve foram muito boas, e que pode já colocar em prática parte do que aprendeu e testou, na Índia: ‘Experimentámos muitas configurações diferentes, os tempos por volta e a sensação da moto foram sempre bons. Experimentámos várias alterações à geometria do chassis, às definições dos elementos de suspensão e à eletrónica. Obtivemos algumas ideias sobre os efeitos das alterações e agora temos muitos dados que temos de analisar. Veremos no próximo GP da Índia se encontrámos algo que nos dê uma vantagem’.

O conteúdo Luca Marini foi o mais rápido nos testes: ‘Veremos se encontrámos algo que nos dê vantagem na Índia’ aparece primeiro em Motorcycle Sports.

Depois de Marc Márquez não se ter mostrado feliz com a performance da moto que a Honda está a projetar para 2024, também Takaaki Nakagami ficou longe de ficar impressionado com o que testou ontem. O japonês pediu mudanças, uma vez que os problemas principais, crê, se mantêm.

‘Estou muito cansado. Duas corridas seguidas e depois teste à segunda feira… Todos os meus mecânicos, todos parecem tão cansados. Foi um dia muito ocupado’, começou por dizer o piloto da LCR Honda, antes de falar sobre a nova moto que testou, e que não o deixou particularmente feliz:

– Testei o novo chassis e também a moto base e o novo protótipo. Parece muito diferente… A performance da moto, honestamente, bem, esperava melhor. Quando me sentei lá em cima, bom, a posição de lá estar e as sensações são diferentes e isso foi impressionante mas o piloto está sempre à procura de mais aderência. A aderência traseira foi basicamente semelhante, e parece ainda ser um ponto fraco e é muito difícil de controlar, com a roda a girar muito e esta foi a primeira impressão da moto. Não é desapontante mas não é uma surpresa muito positiva, é ok, uma moto nova, diferente, mas os tempos de volta não chegam por falta de tração.

Na opinião do #30, a Honda terá de fazer alterações significativas se quer ser mais competitiva, garantiu: ‘Não sei, para o próximo teste têm muito trabalho para fazer porque assim, com os mesmos problemas… Espero que mudem a engenharia para melhorar sobretudo a tração traseira’.

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Se por um lado nem tudo correu bem no seio da Yamaha nos testes em Misano, por outro parece que houve pontos positivos ou pelo menos é essa a situação para Franco Morbidelli.

O italiano explicou em que aspetos trabalhou e como retirou proveito do trabalho feito, equacionando mesmo utilizar já algumas coisas na presente temporada: ‘Experimentámos coisas novas: nova aerodinâmica, um novo chassis e pneus diferentes, um teste para a Yamaha e outro para a Michelin. Sinceramente, gostei da nova aerodinâmica e do novo chassis, por isso vou continuar a época com o pacote atual. Há pequenas coisas de que não gostei, muda um pouco a travagem e outras coisas. Nada altera o carácter agressivo da moto’.

Contudo e sobre o novo motor da fabricante japonesa, Morbidelli – que vai abandonar a equipa no final do ano – não teve oportunidade de o testar: ‘Quanto ao motor, temos de perguntar ao Fabio, só ele é que o testou. Eu vi-o, mas é preciso falar com outra pessoa’.

Álex Rins, atualmente na LCR Honda, será o novo piloto da Yamaha a partir de 2024, precisamente para o lugar de Morbidelli.

O conteúdo Franco Morbidelli vai aproveitar parte do trabalho feito nos testes em Misano; Novo motor da Yamaha foi apenas testado por Quartararo aparece primeiro em Motorcycle Sports.