No GP do Qatar de MotoGP, Jorge Martín teve uma quebra súbida de rendimento da corrida Sprint para a corrida principal. Os motivos não são claros, mas podem ter passado pelo desempenho dos pneus, e Marco Melandri sublinhou a importância deste componente para a prestação geral.

O antigo piloto disse ao Corriere dello Sport: ‘Há algumas corridas que espero um revés para o Martín por culpa dos pneus: a Michelin disse que o pneu estava bem, tal como os outros, por isso poderia ser um problema de pressão. O Martín é o que mais pontos somou nas últimas corridas, portanto não penso que tenha… adormecido de repente’.

Melandri frisou que os pneus têm uma importância fulcral desde sempre: ‘O pneu faz a moto. É muito mais fácil melhorar com um pneu do que com uma mudança na moto: o segredo para ser veloz é colocar a potência ou a potência de travagem no solo da maneira correta e o pneu é a única coisa que está diretamente relacionada ao asfalto. Sempre foi assim’.

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Muito se falou durante o final de domingo e ontem em como a corrida de Jorge Martín poderá ter sido de alguma forma sabotada, com um pneu traseiro a estar na base dos problemas do espanhol. Marco Melandri falou sobre o tema e como, independentemente do que seja dito, há interesse por parte dos responsáveis das fabricantes em ter os seus pilotos a prevalecer.

O ex-piloto, que conta com nove anos de experiência no MotoGP, falou sobre o tema ao Corriere dello Sport onde mostrou ser da opinião de que há um claro favorecimento da Ducati perante Pecco Bagnaia, algo natural, num mundo como a categoria que é um ‘negócio’:

– Não os critiquei por pressionarem para que a equipa de fábrica ganhe, mas incomoda-me que o neguem a todo o custo, mesmo que o façam de qualquer forma. Pode acontecer, afinal de contas, o MotoGP é um negócio, e há prioridades.

Ainda que em diversas ocasiões diversos membros da Ducati tenham dito que não há preferência sobre que piloto vença o mundial, o italiano crê que não é bem assim: ‘É normal que a equipa de fábrica seja privilegiada e tenha de trazer mais resultados, mas não faz sentido negá-lo’.

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Marco Melandri partilhou a garagem da Ducati com Casey Stoner, tipo como um dos maiores talentos do motociclismo jamais vistos mas… nem tudo foram rosas, com o italiano a descrever o #27 como… uma ‘personagem estranha’.

No canal de Youtube de Claudio Pavanello, Melandri descreveu assim Stoner: ‘Ele era um personagem muito complicada, penso que indecifrável até para ele próprio. Mas com um talento desproporcionado. Por vezes fazia coisas na moto sem se aperceber, mas sabia sempre como fazer a coisa certa na altura certa’.

A vivência na garagem tinha momentos bons e outros… estranhos: ‘Era bom estar ao lado dele na garagem, porque via coisas que não pensava que pudessem ser reais. Ao mesmo tempo, ele era uma pessoa estranha, muito insegura, muito fechada. Passavas de ser como o irmão dele para ser um estranho. Mas eu percebo, os pilotos são estranhos’.

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